domingo, 10 de junho de 2012

Dilma não para e os domingos são de romaria até o Alvorada



Que a presidente Dilma Rousseff é viciada em trabalho, todo mundo sabe. O que espanta quem convive com ela é que neste segundo ano de mandato a sua rotina de trabalho ficou ainda mais árdua. Pessoas que transitam pelo terceiro andar do Palácio do Planalto garantem que ela voltou do curto período de férias no começo do ano mais workaholic do que nunca. Não existem mais fins de semana tranquilos na capital federal.

O tempo que deveria ser de descanso, a presidente Dilma aproveita para acertar com técnicos do governo minúcias de grandes anúncios. Foi assim com os detalhes dos últimos pacotes de medidas para reanimar a indústria. Momentos dominicais de sossego dos assessores foram trocados pela reflexão sobre cada artigo do polêmico Código Florestal. O trabalho nos fins de semana — que era exceção em Brasília — virou hábito. Agora, domingo é dia de romaria do alto escalão na casa da chefe.

— Domingo tem fila de ministro no Alvorada para despachar com a presidente — diz um assessor.

Além de receber ministros, Dilma aproveita para ouvir os secretários-executivos das pastas. Enquanto o comandante da Fazenda, Guido Mantega, fica em São Paulo, por exemplo, as reuniões de fim de semana são feitas com o secretário-executivo, Nelson Barbosa. Já Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento e amigo da presidente, é frequentador assíduo da casa de Dilma aos domingos.

E o recesso é usado para aperfeiçoar medidas já anunciadas. Quando uma medida é divulgada na sexta-feira, mas só será publicada no Diário Oficial de segunda-feira, a presidente usa o fim de semana para acertar o texto.

A presidente da Petrobras, Graça Foster, amiga de Dilma, costuma voar para Brasília na sexta-feira após o expediente, hospeda-se no Alvorada e despacha ao alvorecer, de frente para os jardins de Burle Marx.

 O GLOBO
Colaboraram Vivian Oswald e Danilo Fariello

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