quarta-feira, 23 de maio de 2012

Imprensa nacional fisga Vital, acusado de contratar fantasma por ´elogios´.

De todos os pesadelos dos parlamentares, o maior deles é virar alvo da imprensa nacional. Presidente da CPMI do Cachoeira, o senador Vital do Rego Filho (PMDB) parece que está no começo.

Ele foi fisgado pela Folha de São Paulo em reportagem que disseca as nomeações fantasmas no gabinete do peemedebista, que posa de santo na Paraíba e de paladino da moralidade.

Na matéria, a Folha evidencia que Vital é santo sim. Mas para seus aliados, cujos parentes estão bem e obrigado em seu gabinete sem precisar justificar presença. Duas delas já foram reveladas anteriormente pela imprensa nacional: a filha do ex-governador José Maranhão e a mãe do deputado Hugo Motta, ambos do PMDB. Há também Sílvia Lígia Suassuna, prima do ex-senador Ney Suassuna, esta última assessora em Brasília.

Os salários dos funcionários vão de R$ 2 mil a R$ 12,5 mil. Vitalzino alega na matéria que todas elas trabalham em funções específicas na Paraíba.

A matéria repercutiu de imediato em outros sites nacionais, a exemplo da UOL.

No entanto, material mais contundente trata da nomeação da filha do jornalista Adelson Barbosa, do Correio da Paraíba. O material foi repercutido por Reinaldo Azevedo, da Veja.

Na reportagem, Barbosa conta os detalhes da nomeação.

Veja a matéria na íntegra:

Presidente da CPI do Cachoeira emprega fantasma no gabinete em troca de artigos elogiosos do pai dela!!!


Por Reinaldo Azevedo, Veja

O presidente da CPI do Cachoeira, Vital do Rêgo (PMDB-PB), contratou como funcionária fantasma em seu gabinete Maria Eduarda Lucena dos Santos, que se diz coautora do hit “Ai, Se Eu te Pego”, cantado por Michel Teló.

O emprego foi arrumado pelo pai de Maria Eduarda, o jornalista Adelson Barbosa, que admitiu à Folha que a filha foi contratada para receber pelos trabalhos que ele e outros dois jornalistas executariam: publicar reportagens favoráveis ao senador na imprensa local. Barbosa, que trabalha no jornal “Correio da Paraíba”, disse que partiu do senador a sugestão para burlar as normas do Senado.

“Quem faz o trabalho sou eu e meus outros dois colegas. Ele [senador], quando convidou a gente para fazer o trabalho, disse que não poderia nomear três pessoas. Ele sugeriu colocar uma pessoa e a gente divide o valor”, contou Barbosa. “Poderia ser no meu nome, ou no de um dos outros dois. Só que eu não podia, porque o Senado exigia não ter outro vínculo [de trabalho]. Minha filha é estudante e sugeri que fosse no nome dela.”

Maria Eduarda, 20, também disse à reportagem que o pai é quem responde pelo cargo. Ela foi contratada em fevereiro de 2011 como assistente parlamentar com salário de R$ 3.450. E é dispensada de comprovar presença.

Estudante universitária, ela diz ter criado o “Ai, se eu te pego” numa viagem com colegas à Disney em 2006. A Justiça concedeu liminar em favor dela e das amigas bloqueando o dinheiro arrecadado com a música até que se decida a autoria. A contratação de funcionários fantasmas pode gerar ação por improbidade. O presidente da CPI também emprega no gabinete parentes de políticos e aliados. Ele contratou uma filha do ex-governador peemedebista José Maranhão, a mãe do deputado federal Hugo Motta (PMDB-PB), uma prima do ex-senador Ney Suassuna e uma cunhada de seu primeiro-suplente, Raimundo Lira, com salários que variam de R$ 2 mil a R$ 12,8 mil. O senador emprega ainda a mulher de Carlos Magno, coordenador de comunicação de sua campanha em 2010.

Luís Tôrres

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