O ´Volta Agra´ é mais que rebeldia

A contar pelos números da mais nova pesquisa eleitoral em João Pessoa, o oscilante movimento do `Volta Agra´ revela uma face que vai além da rebeldia daqueles que ousaram discordar da condução do PSB e dos rumos do governador Ricardo Coutinho.

O movimento parece ter razão estatística de ser. Quiçá científica. O que faz seus defensores caminharem um pouco mais próximos à razão do que da emoção.

A aprovação da atual gestão, cujo todo o esqueleto foi montado por Ricardo a partir do dia 1º de janeiro de 2005, está chegando a casa dos 80%. Assim, é natural que os eleitores migrem suas preferências de voto para o prefeito atual, que personifica o sucesso dessa gestão pela simples razão de ser o “prefeito atual”.

Assim, quando esteve com Eduardo Campos, goernador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, em recente evento do partido em Gravatá, Agra conversou sobre o cenário atual em João Pessoa e, ao que se sabe, não foi desestimulado.

Natural.

Só haveria uma forma de ser diferente: se Agra não pudesse ser mais candidato à reeleição. Como não há impedimento legal, não há como dissociar o sucesso da gestão da boa capacidade de Agra assegurar uma candidatura competitiva.

Assim é imprescindível que, após a oficialização das candidaturas, Estela possa, antes de conquistar qualquer outro partido ou aliado político, trazer pra si e pra sua campanha, de corpo e alma, o apoio (sincero) do prefeito bem avaliado de João Pessoa.

Estela tem a indicação do projeto. Mas ela ainda não desfruta da aprovação dele. É do que precisa pra avançar na disputa.

Luís Tôrres